O que é ácido poliglutâmico: conheça o novo ativo-estrela do skincare

ácido poliglutâmico super hidratante no skincare

ácido poliglutâmico super hidratante no skincare

Já ouviu falar em ácido poliglutâmico? Esse ativo, ao que tudo indica, é um dos novos queridinhos do skincare. Não se trata de um ingrediente recém-inventado – na verdade, ele é conhecido há muitas décadas. A novidade é que as marcas redescobriram o componente e o estão incluindo-o em vários produtos de tratamento facial. O objetivo principal: fazer as fórmulas dos cosméticos se tornarem ainda mais hidratantes.

Mas, afinal, o que é o ácido poliglutâmico, esse “novo” ativo do skincare?

ácido poliglutâmico, ativo para hidratar a pele

A primeira coisa que você precisa saber é que o ácido poliglutâmico (ou PGA) não é um ácido renovador, daqueles que podem sensibilizar. Na verdade, ele é composto por peptídeos e obtido em laboratório, por meio de processos de fermentação. Sua principal função é umectante, ou seja, serve para atrair água do ambiente e retê-la na pele, principalmente em sua superfície. E é supercompetente ao fazer isso, já que cada molécula de PGA é capaz de segurar até 4.000 vezes o seu peso em água. Uma curiosidade: o ativo está presente em águas-vivas e ajuda esses animais marinhos a manterem sua umidade sempre bem equilibrada, apesar de viverem suspensos em água salgada.

Além de umectar, o ácido poliglutâmico oferece outros benefícios. Tem a propriedade de formar filme,  o que colabora tanto para evitar a perda de água como para deixar uma sensação de sedosidade. Ajuda a deixar linhas e rugas menos evidentes porque, ao hidratar com tanta competência, faz a pele ganhar um aspecto mais regular. “Para completar, sabe-se que o PGA é capaz de aumentar a síntese dos componentes do NMF, o Fator de Hidratação Natural”, me explicou o dermatologista Luiz Romancini, co-fundador da Creamy. Ou seja, ele contribui para a própria pele se manter naturalmente hidratada.

Especula-se ainda que a substância ajuda a evitar a perda do ácido hialurônico presente na derme e na epiderme  – ou seja, também asseguraria um nível mais estável desse outro agente hidratante importante.  E, ainda vale complementar, é um ativo muito interessante para quem tem pele madura. A lista de vantagens é bem ampla, você não acha?

Mas por que o ácido poliglutâmico demorou para virar queridinho?

O fato de o ácido poliglutâmico ter demorado tanto para virar tendência dentro do universo do skincare é algo um tanto intrigante. Uma hipótese para isso ter ocorrido é a questão de ele ser mais caro do que outros agentes umectantes existentes no mercado. O motivo, no entanto, não importa. O que vale é aproveitar a nova onda de lançamentos para testar os efeitos do ativo.

Magic Serum Charlotte Tilbury com ácido poliglutâmico

Fora do Brasil, há mais opções disponíveis. A maquiadora britânica Charlotte Tilbury foi precursora em lançar um sérum com ácido poliglutâmico – seu Magic Serum Crystal Elixir (na foto acima) chegou às lojas em 2020 e desde então é um grande sucesso. Outras marcas, como The Inkey, Decorté e Glow Recipe, também contam com opções.

Aqui no Brasil, a novidade vem chegando aos pouquinhos. No último mês, duas empresas que adoro, a Biossance e a Creamy Skincare, apresentaram séruns que incluem ácido poliglutâmico como ativo de skincare. Já comecei a testar os dois e adorei – a seguir, meus primeiros insights sobre eles.

Produtos com ácido poliglutâmico: o que achei sobre dois deles

O Biossance Copper Peptide Rapid Plumping Serum e o Creamy Skincare Serum Hidratante têm em comum o fato de serem muito leves e apresentarem ótima absorção. Além disso, ambos deixam a pele com viço, com um glow saudável e muito bonito, e funcionam igualmente bem sob a maquiagem. Já experimentei combiná-los com bases de duas marcas diferentes e deu super certo, o espalhe e a durabilidade não foram nem um pouco comprometidos.

Sérum hidratante Creamy Skincare com ácido poliglutâmico

O sérum da Creamy tem uma consistência que se aproxima de um gel bem leve, desaparece rapidamente na pele e deixa um toque aveludado, mais sequinho. Sua formulação inclui ácido hialurônico (esse super hidratante que já conhecemos bem) e trealose, um açúcar que também possui propriedades hidratantes.

Sérum Biossance Squalane + Copper Peptide com ácido poliglutâmico

O sérum da Biossance, por sua vez, é mais aquoso e geladinho. A pele fica levemente úmida, mas muito, muito gostosa de se tocar. Na fórmula há também esqualano (ativo assinatura da marca), ácido hialurônico e peptídeos de cobre, que agem estimulando a formação de colágeno e de elastina.

Minha opinião? Pela ótica do sensorial, eu indicaria o primeiro para quem tem pele de normal a oleosa e o segundo para quem tem pele de normal a seca. Mas, considerando as propostas e os componentes, acho que ambos são ótimos para manter a hidratação, o brilho e o frescor de todos os tipos de pele, inclusive as maduras e sensíveis como a minha – sendo que o da Biossance tem também uma pegada antissinais.

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Por @mceciliaprado

Fotos: Canva (produtos sem marca), reprodução @charlottetilbury (Magic Serum) e divulgação (séruns Creamy e Biossance).

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